Vida Nova ao velho treiller

Dois dias de trabalho, sábado e domingo, em fotos para que possamos acompanhar a evolução, como diz a minha esposa..."ele está tomando corpo...". Como puderam ver nas postagens anteriores, o treiller que compramos veio direto para reforma, não tinha a menor condição de rodar como ele estava, nosso projeto de viagem é ousado e para tanto fizemos um projeto pensando em cada detalhe, para que atenda todas as necessidades e adversidades que encontraremos no percurso, tudo aqui é feito por nós mesmos, do projeto a execução.

Aqui o chassi, já com os dois prolongamentos, 50 cm a frente e 30 Cm na traseira:

E começo a soldar as paredes laterais, estrutura feita em tubo metalon de 30x50 com parede de chapa 16:

Dênis, ajustando cada detalhe para que tudo fique como foi projetado: 

Estrutura das paredes sendo montadas no chassi:

Para manter o alinhamento da estrutura, optamos por cortar os tubos do para-lamas somente após concluir a fixação das paredes:

Detalhe do corte e inclinação frontal, uma das três placas solares será colocada ai:

Foi muito trabalho realizado em dois dias, muito esforço para seguir exatamente o projetado. Uma das primeiras preocupações é com o peso final do projeto, de tubo já foram 180 quilos, previstos mais 40 quilos pelo menos.

Surgiu um treiller que podemos comprar!

Graças ao bom Deus, logo surgiu um treiller que coube no orçamento e atende a nossa demanda,  mas... tem sempre um "mas", este objeto de desejo estava no Oeste da Bahia, 2.000 quilômetros para ir e mais 2.000 para voltar, quando eu estava quase desanimando por conta disto, meu cunhado Denis se propôs a ir nesta empreita comigo, novo ânimo e nova energia, alguém de confiança para dividir o volante e partimos!

4.000 quilômetros de estrada... 

 Foi um bate e volta, tratadas as partes financeiras e contratuais, documentos ok, meia volta já!

O novo amigo é um apaixonado pela estrada, literalmente deixava um pedaço de si a cada curva, parafusos, trilhos, para-choque... e eu amarrando como dava para chegar em casa. Mas era exatamente como eu já sabia, nenhuma novidade, eu o escolhi por saber que seria totalmente desmontado e dele só usaria o chassi e o documento.

Já em Campo Grande levei o amigo para o galpão e começamos a desmontar, até chegar no chassis.

Por fim e para melhor visualização eu gravei um pequeno vídeo com o estado final:

Agora é fazer toda a parte mecânica e de pintura em seguida, trocar as rodas de 4 para 5 furos, fazer os alongamentos no chassi para atender ao projeto e comprar tudo o que precisa para montar a nossa casa do mundo. 

A nossa história

Sérgio Paiva e Elza Keiko

Casados, Cristãos, Felizes, agradecidos por nossas famílias, honrados por nossos amigos!

Eu não tenho conhecimento sobre como montar um blog, contar uma história ou mesmo editar filmes, como vejo colegas de estrada que fazem isto com perfeição, mas vejo que é importante para mim e para quem os exemplos sirvam, deixar o registro desta história, então me esforçarei por fazer o melhor com o conhecimento que eu tenho. Fica o espaço aberto para sugestões e comentários.

A melhor parte de mim, minha esposa.

Desde sempre viajamos, desde que nos conhecemos, quanto mais viajamos mais nos conhecemos, somos avionistas, carristas, motociclistas, campistas e agora treileristas, que seja, anota ai no teu Aurélio.

Como dito, somos motociclistas e viajamos muito de moto, saidinhas de 2 a 9 mil quilômetros, o resumo é que quando paramos para fazer as contabilidade da viagem, ficou 25% para alimentação, 25% para combustível e 50% para hospedagem. Com as viagens se tornando cada vez mais longas e as datas de retorno cada vez mais incertas, resolvemos começar a olhar outras alternativas.

Somos apaixonados por veleiros, o mar faz parte de nossas almas e de nossas histórias, pensamos em sair costeando feito maquina de costura fazendo barra, mas a intenção é rodar no continente, olhamos os MH motorhomes e depois os traillers, dois universos paralelos totalmente distintos.

Depois de muitas análises e trocentas dúvidas, umas solucionadas e outras que nunca serão, optamos pelo trailler, basicamente pelo menor custo e por deixar o acampamento montado e ter o veículo desatrelado para sair e conhecer os arredores.

Agora era agradecer a Deus por tanto tempo de estudo e torcer para surgir um que pudéssemos pagar, para quem tem os planos que temos o melhor é não deixar dívida para trás.